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Dentistas inovam e vão além dos consultórios

Profissionais empreendedores inovam odontologia

Lições sobre empreendedorismo, gestão e finanças costumam passar longe dos cursos de odontologia. Mas isso não impediu que jovens dentistas, como o paulistano Luís Alexandre Chicani e o paranaense Roberto Alcântara, fossem além do contato com brocas e obturações e criassem negócios inovadores em sua tradicional área de formação. Agora, colhem os frutos de investir em um mercado recente e de pouca profissionalização no Brasil.

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A ideia de abrir uma empresa surgiu quando Chicani, hoje com 41 anos, estava na faculdade. Durante uma experiência de intercâmbio nos EUA, ele percebeu que oferecer e administrar planos odontológicos para empresas era um serviço difundido. “Me chamou a atenção ver que muitos dentistas conduziam sua atividade como um verdadeiro negócio”, diz. Aos 21 anos, recém-formado e com apenas US$ 600 no bolso, ele fundou a Dentalcorp.


A companhia nasceu mirando a assistência odontológica corporativa e, em 17 anos, tornou-se a quarta maior do País. Nos primeiros anos, Chicani ainda se dividia entre um pequeno consultório e as viagens para vender seus planos. Mas o crescimento da companhia – em 2006 eram 180 mil beneficiários – não permitiu a vida dupla por muito tempo. No mesmo ano, após uma longa negociação, o empresário vendeu a Dentalcorp por US$ 11 milhões para a Odontoprev, sua maior concorrente nacional.


A inquietação e o faro do dentista-empreendedor levaram à abertura de uma segunda empresa, no ano passado. A BenCorp administra planos odontológicos, mas ampliou o leque: também faz consultoria de benefícios e gestão estratégica de riscos de saúde. “As companhias ainda gastam muito mal com saúde”, diz. Em menos de um ano, a nova empresa de Chicani já arrecadou 35 clientes e faturou R$ 1 milhão.

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A migração das clínicas para a carreira empresarial foi um pouco mais lenta para Roberto Alcântara, de 45 anos. Ele atendeu por dez anos em seu consultório em Londrina (PR), até começar a desenvolver produtos – pinos feitos de fibra de vidro e carbono – que pudesse utilizar nos próprios pacientes. “Comecei de uma forma semiartesanal e o consultório foi a fonte de financiamento para a empresa nos cinco primeiros anos.”


As peças começaram a ganhar clientes além do círculo de amigos de Alcântara há cerca de oito anos. E assim a companhia deslanchou. Segundo o empreendedor, uma das estratégias que ajudaram na virada foi a parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL). Lá, ele buscou pesquisadores – hoje 12 são funcionários – e aproveitou para divulgar o produto para seu público-alvo.


Quebrar a desconfiança por um produto novo e “made in Brazil” foi o maior desafio. Segundo ele, a indústria odontológica nacional ainda é recente. “Sempre fomos importadores desse tipo de matéria-prima”, diz. Crescendo a 30% nos últimos três anos, a Ângelus passou a tomar todo o tempo do dentista, que largou os atendimentos. Em 2008, a companhia vendeu R$ 10 milhões e exportou para 54 países.


Fonte: AE

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