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Odontologia sem luvas


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Por Flávio Alves Ribeiro*



Parece estranho colocar um título que sugere uma Odontologia do passado onde nossa mão se misturava com a saliva e sangue do pacientes. O objetivo deste artigo é justamente falar sobre um tema que, sem dúvida, deve fazer parte do arsenal de conhecimentos e competências que nós Dentistas devemos ter para conseguir sobreviver neste famoso mundo competitivo chamado mercado de trabalho: Gestão em Odontologia ou como gosto de falar Odontologia Extrabucal.

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Uma das grandes mudanças ocorridas na Odontologia nas duas últimas décadas foi na relação (proporção) cliente profissional. Quando me graduei em 1984 lembro-me perfeitamente que meu passo seguinte foi montar meu consultório, formar minha carteira de clientes particulares através do conhecido boca a boca e rapidamente completar a capacidade instalada de meu consultório. Capacidade instalada também chamada de potencial de produtividade é justamente o número de clientes ou horas disponíveis que meu consultório podia atender com e sem minha presença física. Naquela época quem mandava nesta relação era o Dentista. Não precisávamos fidelizar ou manter nossos clientes, eles surgiam por todos os lados. Há quem diga que paciente/cliente particular, assim como o tamanduá bandeira e o mico leão dourado, são espécies (com todo respeito) em extinção. É fato a multiplicação das empresas e usuários de sistemas de convênios. Os processos compartilhados visando taxa da ocupação, controles financeiros e otimização de resultados são uma tendência.


Hoje pouco mais de 20 anos após este momento importante de minha carreira profissional temos uma mudança radical neste cenário. Com a multiplicação de instituições de ensino, queda do poder aquisitivo do brasileiro, surgimento dos convênios dentre outros fatores esta relação mudou. Os clientes estão no comando. Eles podem escolher o profissional e fidelizá-los passou a ser uma estratégia indispensável para o sucesso e realização profissional. Vejam quatro razões que justificam fidelizar um cliente:


01 – A Razão da Substituição
É muito mais barato manter um cliente atual do que conquistar um novo Cliente


02 – A Razão da Recomendação
Clientes fiéis convencem outros a comprar

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03 – A Razão da Eficiência
Custa menos atender Clientes fiéis


04 – A Razão do Oportunismo
Clientes fiéis são menos sensíveis a preços mais altos


Agora sim o título Odontologia sem luvas passa a ter uma razão de existir. Trabalho na graduação em Odontologia na Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) onde estamos implementando conceitos de Gestão, Planejamento e Estratégias de Carreira. Percebo que a visão e formação do Dentista está ligada exclusivamente à execução do procedimento, ou seja, o pedaço tecnicista dentro de uma consulta odontológica e que nem sempre o paciente tem condição de avaliar. O que fica é o sentimento pelo serviço recebido conhecido por qualidade percebida.. Entendo que uma consulta odontológica abrange o tempo em que o cliente entra em nossa Empresa/Consultório até o momento em que ele vai embora. Cabe a nós, formadores de opinião e multiplicadores do conhecimento, nas diversas escolas de Odontologia romper este paradigma da formação tradicional e preparar nossos alunos para esta nova necessidade de posicionamento profissional na Odontologia.


Até mais….


* Flavio Alves Ribeiro – CD
Professor da Universidade Tuiuti do Paraná
Diretor de Negócios e Consultor da Dentes e Números
flavioaribeiro@terra.com.br


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