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Criador ou criatura? Eis a questão na Odontologia Suplementar.

Todo empreendedor – e o cirurgião-dentista não foge à regra – precisa saber enfrentar e resolver problemas adotando uma atitude de criador e nunca de criatura. Explico: o criador comanda o jogo, a criatura assiste. O criador enxerga que a causa dos problemas está dentro e não fora, portanto sob seu poder de resolução, a criatura acha que os problemas têm fonte externa e que nada pode ser feito a não ser ficar revoltado. O criador é gente que faz e a criatura deixa como está para ver como é que fica. São slogans diferentes que advém de formas diferentes de ver a realidade. Criadores enxergam o mundo como um lugar de prosperidade, criaturas só conseguem ver a boa e velha luta pela sobrevivência.

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Esses dois diferentes modelos mentais têm um papel preponderante quando o assunto é, por exemplo, atendimento a convênios, hoje uma modalidade de trabalho à qual se dedicam cerca de 70%  dos dentistas brasileiros. Curioso como, apesar desse enorme contingente de colegas envolvidos, ainda não exista essa disciplina nos cursos de odontologia. Coordenadores de cursos, que tal entrarem no trem para o futuro?

Lendo e ouvindo comentários de colegas sobre o assunto, percebo uma atitude de criatura ao localizar o problema no âmbito exclusivamente externo, como se tudo fosse um espetáculo onde as operadoras, a ANS, os Conselhos e entidades de classe estão no palco e o CD fica na platéia na condição de um expectador que aguarda há anos por uma solução, mas que assiste apenas bate-bocas acalorados e ações frias e quase simbólicas, em geral desordenadas, pois os atores seguem scripts diferentes. Faltam pactos e sobram regras de cima para baixo. Duvido da sustentabilidade e da qualidade de sistemas não alicerçados em consenso que é o que cria de fato a musculatura firme de qualquer empreendimento humano. Nem só do esqueleto de leis e normas se constrói um sistema da magnitude e responsabilidade da Saúde Suplementar. Pensem nisso senhores dirigentes.

Ocorre que o CD tem um dia-a-dia a ser cumprido, tratando dos usuários do sistema (que já somam 13 milhões), com contas a pagar e demais obrigações advindas de seu negócio, tendo que administrar problemas de curto prazo que não podem esperar até que a Odontologia Suplementar esteja no melhor dos mundos. É aqui que se diferencia o criador da criatura, onde é preciso decidir ser um profissional sobrevivente ou próspero.

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Porém, não existe competência sem consciência, daí que, para assumir a atitude de criador em relação ao atendimento a convênios é preciso conhecer profundamente o sistema do qual você faz parte. Começa aí a mudança de modelo mental que leva à prosperidade: reconhecer-se no sistema no mesmo plano que os outros players: operadoras, ANS e clientes corporativos e finais. Nele você tem uma função que ninguém pode executar: cuidar diretamente da saúde bucal dos clientes. Quanto melhor conhecer, reconhecer e desempenhar essa função mais terá sua importância reconhecida pelas pessoas que compõem o  sistema.
Então, por onde começar? Que tal reunir sua equipe e conversar sobre o assunto, envolvendo a todos nessa nova maneira de enfrentar o desafio. Depois  busque informação em sites como:
www.ans.ogr.br – Site da Agencia Nacional de Saúde Suplementar, órgão ligado ao Ministério da Saúde que regula o setor além de normatizar e fiscalizar.
www.sinog.com.br – Site do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo, que congrega 135 grandes operadoras inclusive como a Odontoprev, a MetLife, Amil e outras.
http://www.iess.org.br – Site do Instituto de Estudos em Saúde Suplementar, um órgão independente que pesquisa, analisa e opina de forma muito séria sobre a questão.

Feito isso, vá visitar as operadoras que você atende com o intuito de aprender sobre o negócio deles, negócio do qual você é parte fundamental. Ajude-os também a conhecer como funciona o seu, afinal eles também fazem parte do seu negócio. É uma rua de mão dupla, então mantenha o fluxo livre.

 Um alerta: tentar operar no sistema de saúde suplementar sem conhecê-lo é perder tempo e dinheiro. Arrisco a dizer que 90% dos colegas que atendem convênios não se dão melhor nisso por falta de conhecimento. Por outro lado, a maior parte das operadoras preocupam-se em ensinar a operação, mas não o modelo de negócio, o que é uma pequena tragédia para todos. Então, se não estiver disposto a aprender é melhor não atender convênios, pois ficará sempre patinando e amargando prejuízos, além de não atender bem o cliente, esse sim a razão de ser de tudo isso.

 

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