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– Para evitar glosas, não atenda convênios! – é dica de um leitor.
Agradeço a ele, pois sua percepção abriu três janelas de reflexão sobre o tema. Neste artigo vamos falar sobre a primeira.
É preciso admitir que a dica dá certo, pois se o dentista não atender convênios nunca será glosado. Fato.
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A idéia por trás desse pensamento é: para evitar as consequências de um ato, não o pratique. Pensando por esse viés, podemos, a princípio, levar uma vida mais pacífica. Senão vejamos:
- Para evitar ser mandado embora: não arrume emprego.
- Para evitar a falência: não monte uma empresa.
- Para evitar acidentes de trânsito: não saia de casa.
- Para evitar ser passado para trás: não tenha tratos com ninguém.
- Para evitar filhos problemáticos: não seja pai ou mãe.
- Para evitar acidentes aéreos: não ande de avião.
- Para evitar intoxicações alimentares: não coma em restaurantes.
- Para evitar produtos com defeito: não compre nada.
- Para evitar processos trabalhistas: trabalhe sozinho
- Para evitar a sofrência: não se apaixone por ninguém.
Seguir essas dicas pode evitar muita dor de cabeça, mas transforma a vida numa experiência fria, chata e estática. Para evoluir é preciso correr riscos. Se isso vale para a vida, vale muito mais para os negócios. Na verdade não existem negócios sem riscos. É por isso que uma das 10 características empreendedoras apontadas pelo SEBRAE é a de correr riscos calculados.
Ser glosado é um risco assumido por dentistas empreendedores que implantam em suas clínicas o modelo de negócio de atendimento a convênios. Como todos os riscos que ele assume, vai encontrar maneiras de calcular e minimizar o risco de ser glosado, usando suas competências técnicas e gerenciais. O risco da glosa jamais vai impedi-lo de atender os pacientes com plano odontológico. Muito pelo contrário: ele usará eventuais glosas para aperfeiçoar seus processos e o seu negócio como um todo.
Por essas e outras, atender convênios não é mesmo pra gente mansa.
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Vitor Ribeiro
Editor da Atendo Convênios – Revista Virtual
