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ABO na luta para melhorar qualidade dos cursos

a entidade tem buscado usar todas as formas possíveis para conscientizar o governo para que sejam feitas avaliações efetivas dos cursos de graduação de Odontologia

 

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Em 2007, a ABO Nacional iniciou uma luta política e institu­cional pela qualidade das faculdades de Odontologia brasileiras e pela re­validação do diploma profissional. Além de melhorar a formação do CD, o objetivo é ampliar o acesso da população à assistência em saúde bucal, assim como diminuir a desigualdade que há na distribuição de profissionais e de faculdades nas diferentes regiões do País.


Segundo o presidente da ABO Nacional, Norberto Lubiana, a entidade tem buscado usar todas as formas possíveis para conscientizar o governo para que sejam feitas avaliações efetivas dos cursos de graduação de Odontologia, no início, durante e no e final deles, para se ter uma real visão do que está ocorrendo e também para dar oportunidade ao aluno de saber como está o seu desempenho e o da faculdade que ele escolheu para estudar. “Para os cursos que não apresentarem qualificação adequada, a ABO pede o fechamento e também a diminuição do número de vagas. No fim do ano passado, foram divulgados os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, o Enade, e estamos trabalhando para que o governo tome as providências necessárias e desenvolva uma política responsável para controle da qualidade do ensino superior,” afirma Lubiana.


A medida tomada até agora pelo Ministério da Educação (MEC) é o compromisso de supervisionar, ainda neste semestre, as faculdades de Odontologia, assim como já foi feito com os cursos de Medicina, Direito e Pedagogia. Este anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em janeiro deste ano. Em 2008, o governo já havia divulgado que os cursos que tiraram nota baixa no Conceito Preliminar de Cursos (CPC), avaliação que inclui o Enade, receberiam a visita de técnicos do MEC, para verificação de suas condições de funcionamento.

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A entidade também chama atenção para a importância de se fiscalizar a abertura de novos cursos. Para contribuir neste processo, a ABO participa com representante no Conselho Nacional de Saúde (CNS), órgão encarregado de analisar a necessidade social da criação de novos cursos de graduação em saúde. A ABO ainda coloca que o Brasil e outros países enfrentam uma grave crise em saúde pública, mas a qualidade do atendimento médico e odontoló­gico e a melhoria dos índices epidemiológicos não estão diretamente relacionadas ao número de profissionais formados, mas sim de políticas públicas duradouras e comprometidas com a qualidade de vida da população.


 


Exame de proficiência


Por outro lado, a ABO se posi­cionou contra o exame de proficiência, proposto como projeto de lei do Senado em 2006, por entender que o mesmo mede apenas o momento de pós-conclusão da graduação, sem chances para que o estudante possa saber se o seu curso vai bem ou mal, e não dá oportunidade para correções no rumo do aprendizado. A ABO defende uma avaliação, realizada pelo Ministério da Educação, no início, durante e no final do curso, permitindo ajustes ao longo da graduação e oferecendo ao aluno uma formação de melhor qualidade.

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“As entidades da Odontologia não devem tomar para si a avaliação. Esta deve ser de responsabilidade do Ministério da Educação, o qual deve criar as condições para fiscalizar os cursos, da mesma forma que criou normas para a abertura deles. Isto é dever do Estado e é do Estado que a ABO continuará cobrando esta ação”, enfatiza o presidente da ABO.


A entidade também defende a revalidação do diploma profissional a cada cinco anos, por intermédio da educação continuada de todos os profissionais, permitindo que eles acompanhem a evolução científica da profissão e o aperfeiçoamento das suas habilidades técnicas, para oferecer serviços mais qualificados à população. Para Norberto Lubiana, os exames de ordem realizados pela Ordem dos Advogados do Brasil parecem mais reserva de mercado, pois eles reprovam mais de 80% dos gra­duandos e não impedem que as faculdades de Direito continuem a jogar todos os anos milhares de graduandos no mercado, sem perspectivas profissionais, permitindo assim que o problema aumente e persista. “Quem ganha neste caso são apenas as faculdades que formam de modo irresponsável e continuam a obter lucros”, completa o dirigente.


A ABO ainda contesta que não existem pesquisas que mostrem com evidência científica que os forman­dos de hoje têm qualidade técnica inferior aos cirurgiões-dentistas que se formaram 10, 20 ou 30 anos atrás, como divulgado em jornais voltados à classe e também na imprensa leiga. Para a ABO, generalizar, dizendo que todos os que se formam hoje são maus profissionais é nivelar por baixo, antiético e discriminatório, pois coloca todos em condição de inferioridade e ainda denigre a imagem da profissão. Os cirurgiões-dentistas recém-formados e os que estão se formando devem cobrar de suas entidades uma posição, não permitindo a generalização.
 


Fonte: Boletim ABO 149

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